Brasil - Bahia - Salvador - Fundaçao Casa Jorge Amado

Também estão expostos prêmios recebidos por Jorge e fotos tomadas por Zélia Gattai, documentando o dia-a-dia do autor. Atualmente, a Fundação Casa de Jorge Amado já é considerada um ponto de referência na geografia cultural de Salvador.Em 1982, Jorge Amado comemorou 70 anos de idade e 50 anos de literatura. Naquela época, algumas instituições, no Brasil e no exterior, faziam pressão para que o autor doasse seu acervo literário, a fim de que este pudesse ser melhor preservado e estudado. Mas sua mulher, a também escritora Zélia Gattai, se opunha à idéia, afirmando que o acervo pertencia aos baianos e, portanto, deveria ficar na Bahia.Quando digo que Zélia é a responsável pela existência da fundação cultural estabelecida no Pelourinho, nascida da doação de meu acervo literário leva meu nome, digo a verdade. Não fosse Zélia o acervo estaria a essa hora em universidade norte-americana.Dois anos mais tarde, a escritora Myriam Fraga – até hoje à frente da instituição – trouxe à tona, novamente, a questão da necessidade de se fundar uma casa que guardasse o acervo de Jorge. A Universidade Federal da Bahia, através do seu então reitor Germano Tabacof, propôs iniciar a tarefa de organizar os documentos, que até este momento estavam guardados na casa do escritor, no Rio Vermelho. Em 1986, foi criada a Fundação Casa de Jorge Amado, que seria inaugurada no dia 07 de março do ano seguinte, contando com a colaboração fundamental da escritora Zélia Gattai. Jorge e Zélia puderam, em vida, freqüentar a instituição estabelecida em sua homenagem.
A Fundação Casa de Jorge Amado é uma organização não-governamental e sem fins lucrativos cujo objetivo é preservar, pesquisar e divulgar os acervos bibliográficos e artísticos de Jorge Amado, além de incentivar e apoiar estudos e pesquisas sobre a vida do escritor e sobre a arte e literatura baianas. A Casa de Jorge Amado tem também como missão a criação de um fórum permanente de debates sobre cultura baiana – especialmente sobre a luta pela superação das discriminações raciais e sócio-econômicas. Para manter viva a memória do escritor – que já teve seus livros publicados em 60 países – desde que foi inaugurada, a Casa de Jorge Amado conta com uma exposição permanente de documentos, fotografias, livros, suas apropriações populares, adaptações e objetos relacionados.
